Tartaruguinha de estimação


Quando eu era pequena, não lembro direito a idade, talvez uns 7 ou 8 anos, meus pais compraram duas tartaruguinhas pra mim e pro meu irmão (nós somos em 3 filhos, eu, meu irmão que é 2 anos mais novo que eu e minha irmã que é 12 anos mais nova que eu - todo mundo do mesmo pai e da mesma mãe!), mas naquela época minha irmã ainda fazia parte da tchurma.

Enfim, me lembro de comprarmos as tartaruguinhas na rua, de um vendedor ambulante, no Rio (RJ) durante umas férias (ok, nada ecológico ou politicamente correto para os padrões de hoje, mas né?! Isso já faz mais de 20 anos... Todo mundo era mais tranquilo naquela época!). Lembro até da gente levando elas pra Campinas (SP), dentro de um balde com um pouco de água... Engraçado como algumas lembranças nunca somem (em geral as mais inúteis, né?! Porque o número do meu celular aqui, até hoje eu não sei de cor!!)...

O dia em que Munique foi abduzida.... ou não!

Dia de quase sol. Pelo menos sem chuva, o que já é um alívio para meus dedos enrugadinhos de tanta agua. A pessoa aqui não aguentava mais ficar em casa, aí tive uma idéia brilhante: Ir passear na rua! Eu e toda torcida do Bayern, diga-se de passagem, mas tudo bem. Aliás, me impressiona a quantidade de alemão-turista-ou-desocupado que tem por aqui, porque as ruas estão sempre cheias e as lojas bombantes de gente comprando... E a maioria fala alemão, ou seja, são locais!

Essa não é minha estacão, mas juro juradinho
que estava igualzinha!
To eu, linda, magra e loira toda trabalhada no frio que ainda se encontrava instalado por aqui, apesar das previsões anunciarem que por um milagre dos céus, o tempo vai começar a mudar, indo pro metro, que fica uns 500m de distância da minha casa. Chego lá, vejo a cara de ponto de interrogação dos alemães. Até aí normal, tudo o que não foi previamente planejado, protocolado e testado, deixam eles meio perdidos mesmo. Mas quando comecei a ver a plataforma de embarque do metro vi que não se tratava apenas de um pequeno incidente não planejado, e sim uma semi-bomba-nuclear.


Ah, a vizinhança...

Acho que todos os países tem suas particularidades organizacionais. Algumas coisas parecem mais comuns aos nossos olhos e outras absolutamente estranhas...rs

Aqui na Alemanha, não existe número de apartamento... Pois é! Os aptos são divididos por andar (mais ou menos também, nada é muito claro)... E a partir daí, boa sorte na procura! Como eles estão acostumados, no final não é tão complicado assim, mas pra mim (e alguns entregadores), o processo de entendimento é mais lento. No fim, o dono do apto sempre precisa avisar em qual andar está e ficar na porta esperando pra facilitar...

A comilança é recheada de cultura!!

Eu acho que vocês já sabem que eu amo comer, ?! Mas amo mesmo, tipo primeiro amor na adolescência... Só que esse amor nunca fala não pra mim, o que dificulta um pouco minha vida... (Não entendeu? Leia esse post aqui)

Aqui meu amor não mudou, não diminuiu e até me ajudou um pouco. Minhas primeiras aventuras nessa terra gelada, úmida e de pessoas sérias nova e cheia de desafios, foram no supermercado. O que foi bem legal, na verdade, porque de cara aprendi várias palavras novas e comecei a me relacionar com a cultura local, afinal, a forma como se alimentam é um jeito ótimo de conhece-los (acho digno que seja mesmo, assim meu amor pela comilança tem alguma utilidade).

Minha nova paixão não correspondida: O Sol!

Em um único aspecto já estou bastante alemanizada. Minha busca incessante pelo Sol já é algo que faço com tanto afinco que pareço alemã desde pequena... Tirando claro, a corzinha da minha pele depois do encontro com o grande-quente-e-iluminado astro.

Sou morena brasileira-e-leste-europeia. Ou seja, quando o Sol aparece eu fico bronzeada e quando ele some eu sumo junto. Ultimamente eu ando mantendo o bronze que eu trouxe do Brasil em março. Como, se não faz Sol nunca? Se ele aparecer 1x por semana, mesmo que por 20 minutos, minha pele já agradece. Se ele não aparecer, a camara de bronzeamento artificial da academia me recebe de braços abertos. E olha, não é só uma questão de frescurite estética, mas ajuda, e muito, a manter a sanidade mental. Se olhar no espelho e ver a parede através do seu reflexo é desesperador... Ainda mais por 6 meses seguidos. Beijos aos meus amigos e marido que tanto me avisavam disso e eu, tonta-recém-chegada-e-deslumbrada-com-um-inverno-de-verdade não acreditava
 
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